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terça-feira, 22 de junho de 2010

PAI OFERECE R$ 10 MIL DE RECOMPENSA POR ACUSADO DA MORTE DE FILHO. VOCÊS LEMBRAM DESSE CASO?


THIAGO OAZEN
AUDIO: PAI SE MOSTRA INDIGNADO COM A MORTE DO FILHO
Empresário Sérgio Oazen, cujo filho, Thiago, 19, foi assassinado em 2008, está disposto a pagar a quantia do próprio bolso por pistas sobre ex-PM que teria ameaçado testemunha.

Após dois anos de impunidade, dor e perseguições, desde a morte de seu único filho — o estudante de Direito Thiago Henry Siqueira Oazen, de 19 anos —, o empresário Sérgio Oazen, 43, mesmo ameaçado de morte, faz novas denúncias contra os acusados de matar o jovem. Segundo ele, pessoas ligadas aos três ex-soldados do 18º BPM (Jacarepaguá), apontados como responsáveis pelo crime, não pararam de intimidar pessoas que tentam ajudar na resolução do caso.

Além disso, o pai do universitário oferece R$ 10 mil de recompensa para quem der pistas sobre o paradeiro de um dos ex-policiais: Luiz Carlos Cerqueira Ribeiro.

O ex-PM teve a prisão preventiva decretada pelo desembargador da 7ª Câmara Criminal, Siro Darlan, no dia 2 de março, porque teria ameaçado uma testemunha do crime. Desde então, é considerado foragido da Justiça.


“Decidi pagar para quem der informações, pois ele representa grave ameaça a nós (parentes e testemunhas)”, justifica Sérgio.

QUATRO ESPANCAMENTOS

Ribeiro foi reconhecido pelo motoboy Toshiro Nakahara Jr., 29 anos, pela participação em pelo menos um dos quatro atentados que sofreu desde a madrugada de 28 de abril de 2008, quando presenciou a morte do estudante, na Rua Tirol, na Freguesia, em Jacarepaguá, Zona Oeste.

O último espancamento sofrido pelo rapaz foi justamente em 28 de abril, dois anos após o crime e três dias antes da decretação da prisão do ex-PM. Conforme o registro de ocorrência 2.620, da 16ª DP (Barra da Tijuca), Toshiro seguia para a casa da namorada, numa rua de Jacarepaguá, quando três homens desceram de um Gol preto e gritaram: “É ele!”.

Depois, começaram as agressões, com socos e pontapés. Antes de fugir, roubando documentos do motoboy, os criminosos disseram que “aquilo era para ele aprender a ficar de boca fechada”.

Por causa das agressões, Thoshiro sofreu fraturas e luxações nos braços, pernas, tórax e rosto. Após o espancamento, Sérgio Oazen contratou seguranças para dar proteção ao motoboy, a quem passou a tratar como filho.

Relatos desmentem versões dos ex-policiais

No dia do crime, Thiago e seis amigos voltavam em motos de um baile, quando soldados, então lotados no Gpae da Favela Rio das Pedras, passaram pelo grupo na Estrada de Jacarepaguá. Os PMs retornaram com a sirene ligada, mandando que os jovens parassem. Assustado por estar sem habilitação — ele havia perdido a carteira provisória —, Thiago acelerou a sua moto CB500.

Segundo relato de testemunhas, quando os PMs abordaram o rapaz, ele já estava em pé ao lado da moto, com as mãos na cabeça, de costas para os policiais. Um tiro de pistola disparado pelo soldado Fábio Aloísio Moreira Micas Montes atingiu a nuca do estudante.

Uma pessoa que presenciou a cena contou que um revólver 38, que os PMs alegaram que estaria com o jovem, foi ‘plantado’. A perícia não encontrou digitais na arma nem pólvora nas mãos de Thiago.

Os PMs sumiram com o estudante por cerca de uma hora, antes de chegarem ao Hospital Lourenço Jorge.


O GPS apontou que os acusados circularam com o corpo na direção contrária ao hospital, rumo à Favela Rio das Pedras, e que ficaram parados lá por 22 minutos.


O corpo chegou ao hospital com vestígios de mato e terra.


POLICIAL QUE ATIROU

DIZ NÃO TER VISTO

‘DIREÇÃO DA BALA’

Com base em relatos de ameaças a Sérgio Oazen — seu carro foi atingido por tiros em abril de 2009 — e a outra testemunha, o frentista Aluísio Galdino, o Ministério Público também pediu à Justiça a prisão preventiva dos outros dois ex-soldados envolvidos no crime: Micas e Júlio Cesar da Silva.

Os acusados foram expulsos da PM no ano passado.

A defesa nega acusações de ameaças e tenta desqualificar o crime de homicídio doloso por motivo torpe para homicídio culposo (sem intenção) ou lesão corporal seguida de morte. Micas confessou em interrogatório que atirara porque estava sob efeito de “adrenalina”, alegando, porém, “não ter visto a direção da bala”.

“Quero escrever um livro mostrando como a Justiça é morosa e frágil. Os assassinos do meu filho estão soltos e nós, vítimas, vivendo escondidas e aterrorizadas”, desabafa Sérgio, agarrado a uma imagem do filho feita por um artista de rua.

Respostas obtidas no site Yahoo!Respostas:

~~~>Não lembrava, mas acho que essa é uma das únicas maneiras que os cidadãos de bem desse país terão para ver uma gota de Justiça.Fico pensando se não seria melhor oferecer logo R$ 20.000,00 pela cabeça desse bandido, de preferência morto. Um péssimo policial é o pior dos bandidos.A Justiça no Brasil só serve como paliativo para que a família assimile a perda. Oferecem uma fraca esperança de que um dia o assassino será condenado. Na verdade, todos sabemos que não há praticamente punição.Ficará alguns poucos anos pres - se ficar - e não fugir. Depois obterá "progressão" de regime por "bom comportamento".Que me desculpem os legisladores brasileiros, mas bom comportamento é obrigação. Não se comportando bem, a pena deveria ser aumentada; jamais diminuída.Voto pelo direito de oferecer a cabeça a prêmio. - por Marco P

~~~>Não consigo comentar essa nótica, Flor, me causa muita indignação, imagine então na família, em um pai que busca a justiça para a morte de seu filho e se vê ameaçado, a ele e a sua família!!Beijos meus - por llManuh

Pena de morte por acelerar

Policiais de grupamento de favela são acusados de executar jovem de classe média que fugiu de abordagem
Francisco Edson Alves
Rio - O estudante de Direito Thiago Henry Siqueira Oazen, de 19 anos, foi morto na madrugada de ontem, na esquina da Rua Tirol com a Estrada de Jacarepaguá, na Taquara, com um tiro transfixante no rosto, disparado por policiais militares do Grupamento de Policiamento em Áreas Especiais (Gpae) da comunidade de Rio das Pedras. Acusados de execução por testemunhas, os soldados Fábio Aloízio Moreira Micas Montes, Júlio César da Silva e Luiz Carlos Cerqueira Ribeiro, todos de 30 anos, teriam sido presos administrativamente no 18º BPM (Jacarepaguá), mas até o início da noite o comando do batalhão ainda não tinha se manifestado sobre o assunto.
O episódio chocou e revoltou amigos e parentes do estudante, que era filho único de Sérgio Oazen Júnior, 41, dono da Sérgio Oazen Empreendimentos Imobiliários, uma das empresas mais tradicionais em administração e venda de imóveis do Rio, na Barra da Tijuca.
CORPO SUMIU POR 1 HORA
Os policiais, que tiveram prisão temporária pedida à Justiça pelo delegado-adjunto da 28ª DP (Campinho), Hilton Pinho Alonso, são acusados ainda de ter sumido com o corpo de Thiago por cerca de uma hora. O jovem foi atingido por volta de 3h, mas seu corpo só chegou ao Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, às 4h, levado pelos PMs no porta-malas da viatura placa KNB 7770, do 18º BPM.
“Não há justificativa plausível para essa demora, já que nesse horário da madrugada não havia congestionamento no trânsito”, disse Alonso. Na delegacia, onde o caso começou a ser registrado às 5h, os PMs apresentaram um revólver 38 com seis balas e dois estojos deflagrados, alegando que a arma, sem registro, estava com Thiago. Segundo os soldados, ele teria feito dois disparos em direção à patrulha.
SEM HABILITAÇÃO
Thiago e mais seis amigos voltavam em cinco motos de um baile no Castelo das Pedras, em Jacarepaguá, quando os três PMs, que estavam na viatura KNB 7770, passaram pelo grupo na Estrada de Jacarepaguá. Próximo ao Bosque dos Esquilos, os policiais retornaram no sentido Freguesia com a sirene ligada, mandando que os jovens parassem. Assustado e sem habilitação — ele perdeu a carteira provisória recentemente —, Thiago acelerou a moto CB500 placa KNL 2247, que havia ganho há duas semanas da mãe, a fazendeira Andrea Carneiro Siqueira, 40 anos.
“Os policiais não abordaram ninguém e logo partiram atrás de Thiago, fazendo vários disparos, que quase nos atingiram também. Minutos depois, em frente a uma igreja evangélica, na altura do número 19, encontramos só a moto de Thiago caída, com marcas de sangue no tanque e no chão”, explicou Mayara Carvalho, 19, amiga de Thiago.


Não vi nenhuma arma’, afirma testemunha


Uma testemunha-chave do crime que está colaborando com as investigações contou, em depoimento na 28ª DP, que escutou um disparo e, logo em seguida, viu os policiais colocando Thiago no porta-malas da viatura.


“Não vi nenhuma arma com o rapaz (Thiago) e nem sendo recolhida”, garantiu a testemunha.


Segundo outras testemunhas, como Thiago tinha 1,87 metro de altura, os policiais militares tiveram dificuldade para colocá-lo no porta-malas da viatura, equipada com cilindro para GNV.


“Eles chegaram a bater três vezes com a tampa sobre as pernas do jovem e tiveram que forçá-las para caberem no carro”, contou J., 35 anos.


A assessoria de imprensa da Polícia Militar disse que a corporação só vai se pronunciar sobre o caso depois que as investigações forem concluídas e que o 18º BPM também abriu inquérito.


SONHO DE SER BOMBEIRO
Transtornado, Sérgio Oazen lamentou a morte do filho, lembrando que ele odiava armas, não fumava, não bebia, estava no terceiro período de Direito e fazendo curso preparatório para ingressar no Corpo de Bombeiros.

“PMs despreparados e covardes deram um tiro na cara do meu filho, sem ao menos identificá-lo, e ainda tentam incriminá-lo”, desabafou Sérgio.

“Meu filho tinha olhos verdes, lindos, e não poderei nem me despedir dele olhando no seu rosto, pois ficou desfigurado.” Amparada por parentes, a mãe de Thiago, Andrea, passou mal e não pôde dar declarações. “Estamos arrasados. Thiago era tão pacato que seu hobby era colecionar aquários. Flamenguista, também adorava mergulhar, praticar exercícios em academias, jiu-jítsu e surfar com o pai”, ressaltou Sérgio Oazen, avô do estudante.
As armas dos PMs — um fuzil 5.56 e duas pistolas calibre 40 mm — foram recolhidas para perícia, assim como uma cápsula de pistola 40 mm apreendida no local onde o estudante foi morto.

O delegado pediu ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli exame que possa identificar se havia ou não resíduo de pólvora nas mãos de Thiago e impressões digitais no revólver e solicitou imagens de câmeras locais.

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