Na abertura da 12ª Semana Nacional sobre Drogas, em Brasília, na qual o Grupo RBS foi homenageado por sua contribuição nas ações de combate e prevenção à pedra, Lula afirmou que, se a sociedade não estiver unida, fica mais difícil diminuir o consumo.
Detalhes Adicionais
– Não tem governador, prefeito, médico, psicólogo e nem assistente social preparado. Estamos em um processo de preparação e não temos o direito de ficar dizendo que o responsável é o município, o Estado e o governo federal. Todos somos responsáveis, se não pelas drogas, por acabar com elas – desabafou o presidente.
A cruzada federal contra as drogas, na qual o crack foi eleito o adversário número 1, será coordenada por uma força-tarefa de nove ministérios, órgãos do Judiciário e entidades da sociedade civil sob o guarda-chuva do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack.
Para o primeiro ano de ação, o governo ofereceu R$ 410 milhões, que serão investidos em iniciativas de combate ao tráfico, tratamento de usuários e campanha de prevenção, com foco em crianças e adolescentes.
O esforço do Grupo RBS em alertar sobre os perigos do crack, a partir de duas campanhas institucionais, rendeu uma distinção à empresa.
O vice-presidente Institucional e Jurídico da RBS, Paulo Tonet Camargo, recebeu das mãos de Lula o diploma de Mérito pela Valorização da Vida, por conta da bandeira Crack, Nem Pensar.
O Grupo RBS foi a única empresa a receber a distinção, também entregue a três entidades e ao governo de Alagoas.
– Dá muito orgulho para a gente, que começou fazendo esse alerta à sociedade no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, ver agora essa bandeira virar uma política pública do governo federal. Foi uma coragem muito grande, naquele momento em que ninguém falava desse assunto, termos enfrentado esse problema – afirmou Tonet.
A solenidade também premiou crianças e adolescentes autores de trabalhos escolares e universitários pautados na luta contra o crack.
Zero Hora
Pela forma de uso, o crack é mais potente do que qualquer outra droga e provoca dependência desde a primeira pedra. A droga é de fácil acesso, sem cheiro, de efeito imediato e aprisiona pacientes e seus familiares.
O baixo custo da pedra – em torno de R$ 5 – revela-se ilusório. Empurrado para o precipício da fissura, o dependente precisa fumar 20, 30 vezes por dia. Desfaz-se de todos os bens, furta de familiares e amigos e, por fim, começa a cometer crimes.
O que é
A pedra de crack é produzida com a mistura de cocaína e bicarbonato de sódio ou amônia. Sua forma sólida permite que seja fumada.
Como é o uso
O usuário queima a pedra de crack em cachimbo e aspira a fumaça. O crack também é misturado a cigarros de maconha, chamados de piticos.
O efeito
O crack chega ao cérebro em oito a 12 segundos e provoca intensa euforia e autoconfiança. Essa sensação persiste por cinco a 10 minutos. Para comparar: ao ser cheirada, a cocaína em pó leva de 10 a 15 minutos para começar a fazer efeito.
A dependência
A fumaça do crack atinge rapidamente o pulmão, entra na corrente sanguínea e chega ao cérebro. É a forma de uso, não a composição, que torna a pedra mais potente.
Os efeitos do crack no organismo
Forma menos pura da cocaína, o crack tem um poder infinitamente maior de gerar dependência, pois a fumaça chega ao cérebro com velocidade e potência extremas. Ao prazer intenso e efêmero, segue-se a urgência da repetição. Além de se tornarem alvo de doenças pulmonares e circulatórias que podem levar à morte, os usuários se expõem à violência e a situações de perigo que também podem matá-lo.
Clique na imagem ao lado e confira, em infográfico animado, os efeitos do crack no organismo e os riscos que ele impõe à saúde do usuário.
Consequências para a saúde
Intoxicação pelo metal
O usuário aquece a lata de refrigerante para inalar o crack. Além do vapor da droga, ele aspira o alumínio, que se desprende com facilidade da lata aquecida. O metal se espalha pela corrente sanguínea e provoca danos ao cérebro, aos pulmões, rins e ossos.
Fome e sono
O organismo passa a funcionar em função da droga. O dependente quase não come ou dorme. Ocorre um processo rápido de emagrecimento. Os casos de desnutrição são comuns. A dependência também se reflete em ausência de hábitos básicos de higiene e cuidados com a aparência.
Pulmões
A fumaça do crack gera lesão nos pulmões, levando a disfunções. Como já há um processo de emagrecimento, os dependentes ficam vulneráveis a doenças como pneumonia e tuberculose. Também há evidências de que o crack causa problemas respiratórios agudos, incluindo tosse, falta de ar e dores fortes no peito
Coração
A liberação de dopamina faz o usuário de crack ficar mais agitado, o que leva a aumento da presença de adrenalina no organismo. A consequência é o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Problemas cardiovasculares, como infarto, podem ocorrer
Ossos e músculos
O uso crônico da droga pode levar à degeneração irreversível dos músculos esqueléticos, chamada rabdomiólise.
Sistema neurológico
Oscilações de humor: o crack provoca lesões no cérebro, causando perda de função de neurônios. Isso resulta em deficiências de memória e de concentração, oscilações de humor, baixo limite para frustração e dificuldade de ter relacionamentos afetivos. O tratamento permite reverter parte dos danos, mas às vezes o quadro é irreversível
Prejuízo cognitivo: pode ser grave e rápido. Há casos de pacientes com seis meses de dependência que apresentavam QI equivalente a 100, dentro da média. Num teste refeito um ano depois, o QI havia baixado para 80
Doenças psiquiátricas: em razão da ação no cérebro, quadros psiquiátricos mais graves também podem ocorrer, com psicoses, paranoia, alucinações e delírios
Sexo
O desejo sexual diminui. Os homens têm dificuldade para conseguir ereção.
Há pesquisas que associam o uso do crack à maior suscetibilidade a doenças sexualmente transmissíveis, em razão do comportamento promíscuo que os usuários adotam
Morte
Pacientes podem morrer de doenças cardiovasculares (derrame e infarto) e relacionadas ao enfraquecimento do organismo (tuberculose).
A causa mais comum de óbito é a exposição à violência e a situações de perigo, por causa do envolvimento com traficantes, por exemplo.
Fique alerta
Como proteger seu filho
A prevenção é a arma mais forte na luta contra o crack.
Sinais de alerta
É importante observar o estilo da pessoa — se ficou agressiva, adotou atitudes violentas e se mudou de amigos.
Maconha é porta de entrada
Se é temerário afirmar que todo usuário de maconha se tornará dependente de crack, é quase certo que o usuário de crack experimentou maconha antes.
Saiba mais.
Reconheça os traficantes escolares
Fique atento à movimentação nos arredores da sua escola ou de seu filho.
Faça a sua denúncia
Como denunciar a venda e o consumo de crack
Se você sabe da existência de algum ponto de tráfico e quer ajudar a combater o crime e o uso da droga, denuncie anonimamente
Disque-denúncia: 181 (Secretaria de Segurança)
Disque-denúncia do Denarc: 0800-518518
Não dê o start
Reportagem do Kzuka entrevistou dois estudantes que perceberam a tempo que não têm mais de uma vida como os personagens de videogame. Agora lutam contra o vício do crack. Do start ao game over, descubra as fases destruidoras que os usuários têm pela frente.
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