A Tribuna – Conforme convenções internacionais, o crime de tortura, independentemente do lado, é imprescritível e, mesmo havendo, como no Brasil, a Lei da Anistia, se entende que pode haver a obrigatoriedade de sanções a quem participou disso.
Maurício Lopes Lima – Não, não aceito. Não aceito porque a tortura, no Brasil, era uma coisa comum.
A Tribuna – Dos dois lados?
Maurício Lopes Lima – Não, da polícia nossa. Era uma coisa normal. Sua empregada roubou, você a levava lá à delegacia, aí o delegado já (dizia): "Pode deixar que a gente vai dar um pau nela". Dali a um pouquinho, ela voltava. Pegou um dinheiro, emprestou pra fulano de tal, tá em tal lugar... Então, é comum, em todas as delegacias do Brasil. Então, esse negócio de dizer que tortura... Todo terrorista passou a ser torturado. Todo. Não tem exceção.
Na íntegra a entrevista AQUI: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?i…
Agora, leiam o comentário feito, de NB do Rio de Janeiro - RJ
"É muito fácil hoje, após 40 anos, o ex-militar dizer que "era normal". O fato é que todos sabiam - ou deveriam saber - que estavam infligindo todas as leis e a Constituição, desde o momento em que derrubaram o presidente eleito, João Goulart. Ou seja, não tem perdão. Não era uma "guerra", como ele diz. Era o golpe de estado, a afronta maior à Lei, a quebra maior à hierarquia militar, posto que o Presidente da República é o chefe máximo das FFAA. Trata-se o golpe de 64, na verdade, de um motim, uma insubordinação e uma agressão a todos os brasileiros. Engulam agora Dilma presidente, enquanto os torturadores vão pro lixo da História."
charges: Latuff |
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5265014-EI306,00-SP+testemunhas+dizem+que+coronel+ordenou+torturas+na+ditadura.html |
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