contador de visitas
Antes de tudo, um forte abraço, em amor à História e à Verdade...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A LÍBIA E A SÍRIA ESTÃO SENDO INVADIDAS E BOMBARDEADAS E O MUNDO SE CALA DIANTE DISSO?

Mais uma VERGONHA MUNDIAL!!!


Cadê um ÓRGÃO HONESTO e DECENTE neste Mundo para IMPEDIR que mais uma GUERRA ocorra?


Cadê a ONU?


EUA e aliados decidem e ONU diz "amém". O que é isto???


A mídia também me envergonha. Que horror!!!


Do jeito que a mídia divulga a favor dos tais "rebeldes" da Síria e da Líbia dá NOJO!!!


Desde quando a "mídia" se preocupa em defender "rebeldes"???


Piada isso!!!


EUA/OTAN e seus aliados estão DESAVERGONHADAMENTE INVADINDO esses países!!!


Fonte: Yahoo Respostas


LÍBIA RESISTE À AGRESSÃO NEOCOLONIAL
Qua, 03 de Agosto de 2011 10:37 Escrito por Redação
Por João Quartim de Moraes, no sítio Vermelho:

A mediática colonialista decretou silêncio a respeito dos crimes de guerra que os trombadões de Paris, Londres e adjacências estão cometendo na Líbia. O advogado Jacques Vergès, um dos mais notáveis protagonistas da luta anti-colonialista do último meio século, visitando Trípoli em 30 de maio, afirmou que iria processar Sarkozy por crime contra a humanidade. O presidente da França é hoje sem dúvida o maior celerado da Otan, mas cumpre reconhecer que além de seus pistoleiros aéreos, há muitos trombadinhas cor de rosa ao lado dele.

É o que a Assembleia Nacional Francesa se encarregou de confirmar, aprovando em 12 de julho, por 482 votos contra 27, o prosseguimento dos criminosos bombardeios sobre a Líbia iniciados quatro meses antes. O Partido socialista manchou-se mais uma vez, votando em peso, com honrosas, mas pouquíssimas exceções, a favor dessa sórdida guerra descaradamente colonialista. Os comunistas, ao lado de outros deputados da esquerda, cumpriram seu dever internacionalista votando contra o banditismo de Estado. O fato de que constituam hoje uma pequena minoria é tão honroso para eles como para os socialistas é desonroso retomar as piores tradições da social democracia francesa.

Vale lembrar que a antiga Section Française de l’Internationale Ouvrière (SFIO), a despeito do nome pomposamente revolucionário, sustentou as mais odiosas operações coloniais, inclusive a atroz repressão aos patriotas da Frente de Libertação Nacional (FLN) argelina. Admite-se que o Exército colonial francês matou cerca de um milhão de argelinos durante a guerra de libertação nacional.

Mesmo governos que mantém certa distância em relação a mais esta expedição colonial da Otan, como o da Espanha, dão sua contribuiçãozinha para ajudar os “rebeldes”. Os bancos espanhóis detêm mais de cem milhões de euros em fundos depositados pelo governo líbio. Khadafi pediu o descongelamento de pelo menos parte desses fundos, para adquirir medicamentos e alimentos. Foi-lhe respondido que para tanto era preciso autorização do Comitê de Sanções da ONU, que só permite uso de dinheiro bloqueado para fins "humanitários".
O descongelamento foi autorizado, mas, explica El País (21/7/11): "A operação ainda não se materializou, já que o governo quer completá-la com outra similar para a zona do país controlada pelo Conselho Nacional de Transição (CNT) [...] Precisamente hoje visitará o país o primeiro ministro do CNT, Mahmud Jibril [...]". Difícil saber se mais hipócrita é o jornal da direita liberal pós-franquista ou o governo do Zapatero. Mas o fato é que sustaram o descongelamento não por causa da burocracia onusiana, nem muitíssimo menos por razões filantrópicas, mas para fazer média com os “rebeldes”.

Os governos colonialistas reconheceram prontamente esse "Conselho" porque sabiam que ele se compunha de um bando de bonecos de mola dispostos a todas as concessões. Frau Merckel não gasta um tostão atoa, como sabem os gregos por experiência própria. Se recentemente liberou cem milhões de euros para os “rebeldes”, é porque está confiante em que esse investimento será amplamente compensado.

Graças ao forte, constante e criminoso apoio aéreo fornecido pela Otan, os jagunços líbios têm progredido no terreno. Em 14 de julho, desfecharam nova ofensiva sobre o porto petroleiro de Brega, que já haviam ocupado e de onde tinham sido desalojados por um contra-ataque das forças do governo. A batalha pela posse da cidade prossegue.

É difícil fazer prognósticos sobre o curso e o desfecho do confronto, mas desde logo o presidente da França e outros pistoleiros fanfarrões, como seu ministro do Exterior Alain Juppé, que tinham anunciado uma intervenção rápida, de algumas semanas (segundo eles o bastante para derrubar Khadafi), estão engolindo suas bravatas. Abrindo os debates que precederam o voto infame da Assembleia Nacional Francesa, o primeiro ministro François Fillon, descarado como todos os prepostos de Sarkozy, alegou que "jamais dissemos ou pensamos que a intervenção na Líbia seria fácil e terminaria em poucos dias". E acrescentou : "Khadafi está acuado. O ponto de ruptura não foi ainda atingido; é agora que temos de ser mais firmes do que nunca". Mas nosso primeiro objetivo, "evitar um banho de sangue em Benghazi, foi atingido".

Mas atingido mesmo foi o general Abdel Fattah Younes. Em 1969, ele participou, ao lado de Khadafi, do levante militar que derrubou a corrupta monarquia do rei Idris, capacho do imperialismo e em particular dos trustes petroleiros. Esteve décadas a fio na cúpula do novo regime, mas virou a casaca para se pôr a serviço dos filhotes da Otan. Terminou a carreira dia 28 de julho: convocado pelo CNT para dar explicações sobre o modo como estava conduzindo a ofensiva contra o governo, foi preso e sumariamente executado por seus novos parceiros ao chegar a Benghazi, juntamente com dois de seus subordinados.

O cadáver estava parcialmente queimado, sugerindo que os “rebeldes” não são tão humanitários assim. Entre eles há de tudo, agentes da CIA e dos serviços especiais francês e britânico, aventureiros, mercenários e outros bandidos profissionais, e islamistas fanáticos. Aliás, entre as desencontradas e às vezes francamente estúpidas “explicações” do assassinato de seu próprio comandante em chefe oferecidas pelos porta-vozes do cartel dos chefes “rebeldes” a soldo da Otan, a mais insistente acusa uma tal Brigada islâmica Obaida Ibn Jarrah. Sejam quem forem os autores do crime, eles se merecem.
 
http://www.planetaosasco.com/oeste/index.php?/2011080318085/Coluna-politica/libia-resiste-a-agressao-neocolonial.html

"A LÍBIA É O NOSSO FUTURO"
por Luís Britto Garcia [*]

1
Nenhum homem é uma ilha; a morte de qualquer pessoa afecta-me, pregava John Donne. Nenhum país está fora do planeta: o genocídio cometido contra um povo assassina-me. Tudo o que acontece na Líbia fere-me, prejudica-te, afecta-nos.

2

Falemos como homens e não como chacais ou monopólios mediáticos. A Líbia não é bombardeada para proteger a sua população civil. Nenhum povo é protegido lançando-lhe explosivos nem despedaçando-o com 4.300 ataques "humanitários" durante mais de cem dias. A líbia é incinerada para lhe roubarem seu petróleo, suas reservas internacionais, suas águas subterrâneas. Se o latrocínio triunfa, todo país com seus recursos será saqueado. Não perguntes sobre quem caem as bombas: cairão sobre ti.

3

Encarceraram os comunistas; nada poderia importar-me menos porque não sou comunista, ironizava Bertold Brecht. O Conselho de Segurança da ONU aprova uma zona de "exclusão aérea" a favor dos secessionistas líbios, mas permite um bombardeio infernal; a China e a Rússia abstêm-se de vetar a medida porque como não são líbios nada poderia importar-lhes menos. De imediato os Estados Unidos ameaçam a China com a declaração de uma "moratória técnica" da sua impagável dívida externa e agridem o Paquistão. A China replica que "toda nova ingerência dos Estados Unidos no Paquistão será interpretada como acto não amistoso" e arma o país islâmico com cinquenta caças JF-17. Nenhum povo está fora da humanidade: se não vetas a agressão contra outro, a desencadeias contra ti.

4

Conta Tólstoi que um urso ataca dois camponeses: um sobre a uma árvore, cedendo ao outro o privilégio de defender-se só. Este vence e conta que as últimas palavras da fera foram: "Quem te abandona não é teu amigo". A Liga Árabe, a União Africana, a OPEP trepam a árvore da indecisão esperando a vez de serem esquartejadas. Ao abandonar as vítimas te abandonas.

5

Como nos tempos em que o fascismo assaltava a África, hoje a Itália, Alemanha, Inglaterra, França e outros pistoleiros da NATO sacrificam armamentos e efectivos numa guerra que só favorecerá os Estados Unidos. Impedido pelo seu Congresso de investir abertamente fundos no conflito, Obama queixa-se dos seus cúmplices da NATO porque sacrificam à despesa militar menos de 2% dos seus PIB e ordena-lhes que imolem pelo menos 5% ("El futuro de la Otan", Editorial El País, 15/06/2011). São instruções inaplicáveis quando o protesto social, a crise financeira, a dívida pública impagável e o próprio gasto armamentista minam os governos do G-7. Perante tais exigências, a Itália opta por não participar mais na associação criminosa (agavillamiento). A Agência Internacional autoriza a gastar das reservas que não tem 60 milhões de barris de petróleo em dois meses. Os Estados Unidos desbaratam em 2010 uma despesa militar de 698 mil milhões de dólares, 43% do total mundial de 1.600 mil milhões de dólares (Confirmado.net 17/06/2011). Assim se dilapidam em forma de morte os recursos que deveriam salvar a vida. Se montas guerras para devorar o outro, as guerras te devorarão a ti.

6

Como na época de Ali Babá e os quarenta ladrões, os banqueiros internacionais que tão benevolamente receberam 270 mil milhões de dólares em depósitos e reservas da Líbia assaltam o botim e estudam trespassá-lo àqueles que tentam assassinar os legítimos donos. Também criam para os monárquicos de Bengazi um banco central e uma divisa secessionista. São os mesmos financistas cujo latrocínio custa à humanidade o actual colapso económico: não indague a quem roubam os banqueiros: desfalcam a ti.

7

No estilo das blitzkrieg nazis, o presidente dos Estados Unidos inicia guerra sem a autorização dos seus legisladores e prolonga-as ignorando o Congresso, onde dez deputados denunciam o presidente e o secretário da Defesa cessante Robert Gates e vetam os fundos para a agressão contra a Líbia tachando-a de ilegal e inconstitucional. Não averigúes se deves impor a tiros a democracia a outros povos: acaba antes com os vestígios dela que restavam no seu próprio país.

8

Cada homem é peça do continente, parte do todo, insiste John Donne. Os inimigos do homem não cessam de fragmentá-lo para destruí-lo melhor. Os impérios, que são quebra-cabeças instáveis de peças juntadas à força, no exterior fomentam ou inventam o conflito de civilização contra civilização, o rancor do iraniano contra o curdo, do xiíta contra o sunita, do hindu contra o muçulmano, do sérvio contra o croata, do descendente contra o ascendente, do ancestral contra o menos ancestral, do líbio contra o líbio, do venezuelano contra o venezuelano. De cada variante cultural pretendem fazer um paisinho e de cada paisinho um protectorado. Quem nos separa nos faz em pedaços, quem me divide me mutila. Não indagues como despedaçam a Líbia: esquartejam a ti.

9

Toda pilhagem arranca com promessa de golpe fácil e atola-se na carnificina insolúvel. As guerras do Afeganistão, Iraque, Líbia, Iémen e a agressão contra o Paquistão arrancam passeios triunfais, espatifam-se em holocaustos catastróficos e nenhuma conclui nem se decide. A resistência dos seus povos retarda a imolação da qual não te livrarão nem vetos omitidos nem organizações abstencionistas nem banqueiros carteiristas nem Congressos nulificados. Não perguntes porque são assassinados os patriotas líbios: estão a morrer por ti.

*Escritor venezuelano.


O original encontra-se em http://luisbrittogarcia.blogspot.com/
 e a versão em francês em http://luisbrittogarcia-fr.blogspot.com/

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/

Postado por Manoel Messias Pereira às Terça-feira, Julho 12, 2011
A Tela da Reflexão
http://manmessias21.blogspot.com/2011/07/libia-e-nosso-futuro.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário