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domingo, 14 de agosto de 2011

A JUÍZA MORTA HUMILHAVA POLICIAIS COMO FLÁVIO BOLSONARO AFIRMOU NO TWITTER?



Filho de Bolsonaro diz que juíza morta 'humilhava réus'

12 de agosto de 2011 • 13h49 • atualizado às 14h03


Detalhes Adicionais

Bolsonaro relacionou morte de juíza a sua postura com os réus

Foto: Twitter/Reprodução

O deputado estadual pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PP), filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), afirmou na manhã desta sexta-feira, em sua página no Twitter, que a juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), assassinada na madrugada de hoje, tinha o costume de "humilhar gratuitamente réus".

 Para o deputado, a magistrada colecionava muitos inimigos, "não pelo exercício da profissão", mas por suas supostas atitudes de humilhação.
"Que Deus tenha essa juíza, mas a forma absurda e gratuita com que ela humilhava policiais nas sessões contribuiu para ter muitos inimigos" , afirmou.

Diante da repercussão negativa de sua frase na rede de microblogs, Flávio Bolsonaro completou:

"A patrulha do politicamente correto e os 'pré-conceituosos' começam a botar palavras na minha boca sobre a morte da juíza... repudio a morte da juíza, apenas disse que ela teria muitos inimigos, não pelo exercício da profissão, mas por humilhar gratuitamente réus".

"Cansei de receber em meu gabinete policiais e familiares, (...) acusando-a de chamá-los de 'vagabundo' e 'marginal' nas oitivas. Orientava sempre que deveriam formalizar denúncia no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra ela, por abuso de autoridade, nunca para tomar atitude violenta contra ela", disse.

Juíza estava em "lista negra" de criminosos

A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados pelo menos 15 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.

Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.


Flávio e o pai, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), são conhecidos por suas posições polêmicas e pela defesa de militares, policiais e bombeiros. Em um dos posts, Bolsonaro filho ressaltou lamentar a morte da juíza e disse que ela teria muitos inimigos “não pelo exercício da profissão, mas por humilhar gratuitamente réus”. Segundo ele, a magistrada costumava chamar os policiais de “marginais” e “vagabundos” durante as audiências.


O deputado afirmou que recebeu muitos policiais e familiares em seu gabinete apresentando queixas contra a juíza e que os orientava a formalizar as denúncias no CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

A juíza Patrícia Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo,
foi assassinada a tiros em Piratininga,
 em Niterói,
 na região metropolitana do Rio de Janeiro,
na madrugada desta sexta-feira (12)


Pelo Twitter, Flávio Bolsonaro diz que juíza assassinada tinha muitos inimigos por "humilhar réus"



Deputado afirmou que magistrada chamava policiais de "vagabundos" e "marginais"

Flávio e o pai, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), são conhecidos por suas posições polêmicas e pela defesa de militares, policiais e bombeiros. Em um dos posts, Bolsonaro filho ressaltou lamentar a morte da juíza e disse que ela teria muitos inimigos “não pelo exercício da profissão, mas por humilhar gratuitamente réus”. Segundo ele, a magistrada costumava chamar os policiais de “marginais” e “vagabundos” durante as audiências.


Patrícia Acioli era conhecida por sua atuação rigorosa e tinha um histórico de julgar vários casos contra policiais com desvio de conduta.


Flávio Bolsonaro - O que eu coloquei no meu Twitter não é novidade, principalmente, para quem é do meio policial. Acho inadmissível a morte de uma juíza, da forma como ela foi assassinada. Agora, o que eu quis mostrar é que ela tinha muitos inimigos não pelo fato de ela exercer o seu trabalho. Acredito que ela tinha muitos inimigos pela forma como se portava dentro da vara criminal. Eu recebia no meu gabinete inúmeras queixas e reclamações especificamente desta juíza no tocante a essa forma como ela tratava principalmente policiais que sentavam no banco dos réus.

Ela humilhava os policiais, botava o dedo na cara deles, falava que eram bandidos, marginais. Neste nível. Não só os policiais, como os familiares deles cansavam de ir ao meu gabinete para fazer reclamações. Eu sempre orientava que eles gravassem essas ameaças e botassem no papel, representasassem contra a magistrada no Conselho Nacional de Justiça. Não sei se eles chegavam ao ponto de fazer isso, mas era uma magistrada que agia com preconcento com relação a policiais e a seus julgamentos.

Se você começar a observar as conversas nas redes sociais, já há jornalistas que trabalham na área criminal, dizendo que ela tinha a fama de ser muito justa, mas quem está perto diz que ela era justa com os inimigos, para os quais ela aplicava a lei. Agora, para os amigos era muito frouxa.

O senhor, inclusive, colocou isso no seu Twitter. Mas não acha inapropriado fazer esse tipo de comentário em relação a uma pessoa que não pode se defender? Não pensou também que, pelo fato de a juiza ter morrido nas circunstâncias em que morreu, seria inapropriado aquele comentário (no Twitter)?

Não acho. Não estou fazendo acusações contra ela. Só estou repercutindo uma das razões que acredito que fizeram ela ter muitos inimigos. Se eu tivesse feito um comentário como esses "defensores dos direitos humanos" colocam a favor dela, eu seria elogiado. Agora, como fiz comentários de fatos concretos... Eu recebi ligação de um defensor público e dois promotores de Justiça que tiveram oportunidade de trabalhar com ela. Eles disseram: "Deputado, parabéns. Não é porque ela foi morta que a gente tem que canonizar".

O que não pode ser confundido é rigor na aplicação da lei com abuso de autoridade. Com a forma desrespeitosa com que ela tratava as pessoas lá dentro. Então, é por essa razão que acho que ela angariou muitos inimigos.

O senhor fala em agressões gratuitas, humilhação. Ela investigava policiais acusados de participação em milícias, grupos de extermínio. A impressão que dá é que está mais preocupado com a humilhação a esses policiais do que com os fatos em si.

Na boa, é porque o Bolsonaro está falando que já partem para essa linha. Não estou passando a mão na cabeça do mau policial, que tem que apodrecer na cadeia. Estou falando que muitas dessas pessoas que a juíza tratava dessa forma, ela absolvia depois. Eram inocentes. Um policial facilmente senta no banco dos réus. Ele está na ponta da linha. Até os que sentavam como testemunhas eram tratados dessa forma.

Até que se prove o contrário, todo mundo é inocente. Mas essa máxima não valia para policiais.

O senhor usou o termo a "patrulha do politicamente correto" e os "pré-conceituosos", alegando que essas pessoas estavam colocando palavras na sua boca. Mas este não é um rótulo que comumente colam no discurso dos Bolsonaro.

Esse preconceito de que falo é que as pessoas ficam contra, muitas vezes, não em relação à situação, mas contra o Bolsonaro. Se você pegar as pessoas agora que estão criticando o meu posicionamento, vai ver que são praticamente as mesmas que estavam contra o posicionamento dos Bolsonaros com relação à denúncia que fizemos sobre a distribuição do "kit gay" nas escolas do Brasil.

Começam a misturar com homofobia os comentários que fiz em relação à juiza.

Então, na sua opinião, essa reação toda foi pelo fato de ser um Bolsonaro?

Acho que contribui. Assumo os ônus e os bônus das posições polêmicas que tomamos. Agora, não vou mudar por causa dos politicamente corretos. Vou continuar sendo um parlamentar independente, falando o que eu penso.

Terra


Juíza do ‘martelo pesado’

Horas antes de ser brutalmente executada, a juíza Patrícia Acioli decretou a prisão preventiva por homicídio qualificado de sete policiais do 7º BPM (São Gonçalo) acusados de forjar um auto de resistência - quando há morte de criminosos em confronto com a polícia. Os quatro cabos, um tenente, um sargento e um soldado teriam participado de uma operação no Complexo do Salgueiro, que terminou com a morte do vendedor ambulante Diego da Conceição Beliene, 18 anos, no último dia 3 de junho.

Segundo denúncia do Ministério Público (MP), o jovem foi atingido com um tiro de fuzil no peito e agonizou durante uma hora até ser ‘socorrido’ – já cadáver – por uma ambulância do Corpo de Bombeiros. Ainda de acordo com o MP, Diego não era bandido e, tampouco, havia traficantes na Rua Reginaldo Ulisses de Oliveira, na localidade conhecida como Conjunto da PM, no bairro das Palmeiras, quando os policiais chegaram efetuando disparos a esmo. O jovem, que sofria de disritmia e fazia uso de remédios controlados, tinha ido à esquina de sua rua olhar a mãe que seguia para visitar a irmã no hospital, conforme O SÃO GONÇALO divulgou com exclusividade em reportagem no dia 18 de junho.

Familiares de Diego deixaram o município temendo represálias. Após receber a denúncia do MP, a magistrada determinou a prisão temporária dos PMs. Eles foram presos pelo Serviço Reservado (P-2) do próprio batalhão onde são lotados, durante ação conjunta com oficiais de justiça da 4ª Vara Criminal.

Magistrada colocou grupo de extermínio atrás das grades

Ano passado, a magistrada condenou a 141 anos de prisão integrantes de uma quadrilha formada por civis e policiais militares, entre eles um oficial, acusados de cometer mais de 100 homicídios em São Gonçalo. O bando – liderado por Rodrigo Soares Rangel, o Rodriguinho – é acusado de matar o barbeiro Douglas Cabral Fidelis, 21, em março de 2007. O grupo foi desarticulado graças às investigações da mãe da vítima, a ex-bancária Maria Zélia Cabral. Sua persistência e determinação para levar os assassinos do filho para o banco dos réus surpreendeu a polícia, o MP e o Judiciário. Sem qualquer respaldo do Estado, Maria Zélia foi ameaçada de morte e hoje vive escondida com as duas filhas menores. A história da ex-bancária foi o enredo da reportagem ‘Maria Zélia: a mãe de Douglas’, publicada, com exclusividade, por O SÃO GONÇALO, em setembro do ano passado.

Nome de Patrícia constava em ‘listão da morte’

Dois anos após a desarticulação do bando de Rodriguinho, mais um caso de policiais envolvidos em um grupo de extermínio chegou às mãos da juíza, conhecida por aplicar penas pesadas a agentes de segurança pública acusados de homicídios. A magistrada determinou a prisão de cinco PMs, além de Wanderson Silva Tavares, o Gordinho ou Tenente, de 34 anos, apontado como o chefe do bando investigado por, pelo menos, 16 mortes no município, nos últimos três anos.

Preso por agentes da 72ª DP (Mutuá) em Guarapari, no Espírito Santo, Gordinho possuía uma ‘lista negra’ com 12 nomes de pessoas possivelmente marcadas para morrer, entre eles o da juíza Patricia Acioli. Além da magistrada, estavam na ‘lista da morte’ de Gordinho, o promotor Paulo Roberto Mello Cunha, do Tribunal do Júri do município; três policiais do Núcleo de Homicídios da 72ª DP (Mutuá); o delegado titular da distrital, Geraldo Assed; além de testemunhas dos crimes, entre elas a mãe de uma das vítimas e até mesmo os próprios integrantes do grupo de extermínio que o apontaram como sendo líder do bando. Apesar da lista não possuir nenhuma ameaça direta às 12 pessoas, interceptações telefônicas autorizadas pela justiça demostraram o deboche dos criminosos ao se referir aos agentes e à magistrada, chamando-a de ‘Patricinha’.

Tenente da PM foi condenado por matar estudante na saída de boate no Zé Garoto

Um dos polêmicos casos julgados por Patrícia Acioli refere-se à condenação do tenente da Polícia Militar Carlos Henrique Figueiredo Pereira, 32, pela morte do estudante Oldemar Pablo Escola de Faria, então com 17 anos. O adolescente foi alvejado com tiros na cabeça, na saída da boate Aldeia Velha, no Zé Garoto, no dia 6 de setembro de 2008.

O policial foi condenado por homicídio culposo, uma vez que os jurados entenderam que o tenente não teve a intenção de matar, desclassificando o delito doloso e transformando-o em culposo. Acioli reconheceu a existência do crime, entretanto, sem a intenção de matar.

“Substituo, portanto, a pena privativa de liberdade anteriormente imposta, por prestação de serviços à comunidade, pelo prazo de um ano, a ser cumprido em horário que não prejudique a atividade laborativa do acusado, pelo período de sete horas semanais”, disse a juíza durante a sentença.


O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Luiz Zveiter, negou nesta sexta-feira que tenha determinado a retirada da escolta da juíza Patrícia Acioli, que foi executada na madrugada desta sexta-feira em Niterói.

Segundo o desembargador, que presidiu o Tribunal de Justiça em 2009 e 2010, a escolta da juíza foi retirada em 2007, quando ele ainda não presidia o TJ, a pedido da magistrada.

- Os pedidos de escolta são analisados pela diretoria de segurança do TJ. Na minha gestão, não houve nenhum pedido de escolta para a juíza. O que me consta é que ela preferia a segurança do próprio marido, que era policial militar - disse Zveiter.

O magistrado lamentou a execução:

- O crime precisa ser apurado com todo o rigor e o mais rápido possível.

Mãe de rapaz morto por miliciano acredita que juíza Patrícia Acioli foi morta devido a julgamento do caso


Madrugada da última sexta-feira, toca o telefone da trabalhadora autônoma X.

Era um policial civil de São Gonçalo, seu amigo:
— Mataram a doutora Patrícia! Mataram ela!

A notícia foi uma pancada no peito. X., hoje em um programa de proteção à testemunha e vivendo em outro estado do país, tinha na juíza Patrícia Lourival de Acioli seu anjo da guarda. Com medo, ela acredita que a morte da magistrada tenha a ver com o caso que uniu ambas.

Desde março de 2007, quando o filho de X., de 21 anos, foi assassinado por um grupo de extermínio de São Gonçalo, a mulher mergulhou numa odisseia contra a impunidade. O rapaz, que estava em casa com a mulher e amigos, foi torturado e morto com sete tiros.

— Quando levei à doutora Patrícia as provas que eu tinha, ela me apoiou. As pessoas acreditavam que a morte do meu filho não ia dar em nada. — conta X., que recorda a frase que diz ter ouvido de Patrícia:

— Ela me disse: “Não se preocupe. Para matar você e sua família, antes vão ter que me matar”.

A promessa foi feita em meio a ameaças que X. sofreu do bando de Rodrigo Soares Rangel, o Rodriguinho. O miliciano condenado a 65 anos e seis anos por Patrícia.

No próximo dia 16, os quatro PMs acusados de participar do grupo de extermínio seriam julgados por Patrícia.

— Não é coincidência. Uma coisa teve a ver com a outra. O grupo do Rodriguinho foi o mais prejudicado com as decisões dela.

Pedido de Socorro à justiça do Rio

O trabalho de investigação de X. permitiu que outras vítimas fossem identificadas e o grupo tivesse uma pena maior.

— Na quinta-feira, a doutora Patrícia convocou os policiais para o julgamento, no dia 16. Horas depois, ela foi morta.

X. teme por sua vida e de sua família:

— Eu preciso que a Justiça do Rio saiba que tem alguém precisando de socorro e é agora, não depois que morre.

O último contato de X. com Patrícia foi em 25 de junho:

— Abracei, conversei quase duas horas com ela. Foi uma conversa que me deu muita confiança. Eu acreditava que minha família estava segura no Rio por causa dela. Agora, meu desespero é imenso.

http://extra.globo.com/casos-de-policia/mae-de-rapaz-morto-por-miliciano-acredita-que-juiza-patricia-acioli-foi-morta-devido-julgamento-do-caso-2450089.html

14/08/2011 17:49
Juiza Patricia Acioly:"‘Não acredito que vou morrer por causa do meu trabalho"

Dias antes de ser assassinada a magistrada concedeu uma entrevista exclusiva a O São Gonçalo

Rio - Numa tarde em seu gabinete, há alguns dias, a juíza Patrícia Lourival Acioli, concedeu a O SÃO GONÇALO o que seria sua última entrevista, antes de ser assassinada. O texto já estava editado e para sua publicação faltava apenas uma sessão de fotos, que a juíza adiava dia após dia. “Vocês já têm fotos minhas no arquivo. Pode publicar com elas mesmos”, argumentava. É com essas fotos do nosso arquivo, que O SÃO GONÇALO leva aos leitores um relato inédito da atuação da magistrada, que estava 11 anos à frente do Tribunal do Júri de São Gonçalo, município com média histórica nos últimos 10 anos, de um homicídio por dia, conforme dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro. “Já tive notícias que queriam me matar. Medo de morrer todos nós temos, mas ter medo de morrer é uma coisa e deixar de fazer o meu trabalho por isso é totalmente diferente. Não acredito que vou morrer por causa do meu trabalho”, afirmou Patrícia Acioli. Infelizmente, para ela e para São Gonçalo, a juíza estava errada.

O SÃO GONÇALO -Nesses 11 anos à frente do Tribunal do Júri de São Gonçalo, a senhora já recebeu alguma ameaça? Já foi ameaçada de morte?

Juíza Patrícia Acioli -Eu já tive notícias que queriam me matar.

OSG - E a senhora tem medo de ser morta?

Patrícia Acioli - Medo de morrer todos nós temos. Mas, agora, ter medo de morrer é uma coisa e deixar de fazer o meu trabalho por isso é totalmente diferente. Eu não acredito que vou morrer por causa do meu trabalho. É uma questão filosófica que prefiro me abster, mas acho que quando a gente age buscando uma coisa efetivamente concreta, você tem uma proteção. Então, eu não acho que vou morrer em decorrência do meu trabalho.

OSG - Os policiais falam que está muito difícil trabalhar em São Gonçalo...

Patrícia Acioli - Sabe por que está difícil trabalhar? Porque a gente vai verificar se o trabalho deles está sendo em legítima defesa ou não. Por exemplo, se você está agindo legitimamente, se você está num confronto e matou num confronto e você agiu com a força naquele confronto. O que eu constato é a inversão dos valores. O certo passa a ser errado e o errado passa a ser certo. Eles têm lá um esquema que um não pode delatar o outro. Se eu vejo um policial roubando, extorquindo do outro ali, eu não vou contar para o meu chefe? Ou não vou tomar medidas cabíveis porque ele é meu colega? Ele não é seu colega. Ele é ladrão, ele é bandido. Ele tem que ser preso por você. Você não é igual a ele. Mas no meio policial acaba havendo uma inversão de valores. Acaba que, quem delatou, o cara começa a ser execrado. Então você pergunta por que eles temem meu trabalho? Eles não temem o meu trabalho. Eles temem o trabalho de qualquer pessoa que vá fiscalizar o trabalho deles, qualquer pessoa que vá se contrapor ao trabalho deles ao verificar. A diferença minha para os meus outros colegas é que eu vou lá. O que me trazem escrito, eu vou ver mesmo se aquilo combina. Aliás, eu faço isso apenas naquelas situações em que eu tenho ação penal e geralmente é requerimento do Ministério Público, que quer um reconstituição, uma reconstrução dos fatos. Mas isso não tem que ser verificado por mim. Os delegados de polícia da cidade são os responsáveis por esse tipo de investigação.

OSG - A senhora disse que o local do crime precisa ser preservado, mas a foi sua a determinação de impedir o PM de socorrer?

Patrícia Acioli - Não, nada disso. Não poderia dar uma determinação dessas. Porque quem sabe como tem que agir é quem está lá. São reuniões realizadas entre o Ministério Público, a PM, delegados, peritos e o Corpo de Bombeiros para resolver essas questões referentes aos autos de resistência. Vocês estão vendo como é o mito? Os argumentos que os PMs usavam é que a perícia demorava 50 horas para chegar, que o bombeiro que eles acionavam nunca chega ao local para fazer o socorro adequado. Então, o que gente pede aos policiais é que eles ajam da mesma forma que agiriam dentro de qualquer outra situação de uma tentativa de homicídio. Quando eles chegam ao local para apurar uma tentativa de homicídio e constatam que a vítima já é cadáver, eles não preservam o local? Então, quando se tratar também de autos de resistência que eles façam a mesma coisa.

OSG - Ao longo desses 11 anos a senhora foi usou sempre muito rigor na punição a crimes cometidos por policiais, os chamados autos de resistência...

Patrícia Acioli - Recentemente, o Ministério Público de São Gonçalo, que foi pioneiro nisso, resolveu fazer um pente fino. Em áreas de favelas, ou guetos, os policiais tinham um comportamento de “política de enfrentamento”. Então, o MP fez um estudo dessas ocorrências e constatou abusos e crimes cometidos por policiais. Na verdade, estes policiais cumprem determinações superiores. Mas se você conversar com eles, jamais vão dizer isso. E os superiores muito menos. Eles oficiosamente dão determinações que não constam em lugar nenhum por escrito. E, quando chamados às suas responsabilidades, eu digo os oficiais, os comandantes, dizem “não, eu nunca mandei fazer isso, só mando cumprir a lei e fazer estritamente o que a lei determina”.

 
OSG - O crime cometido por um policial é pior?

Patrícia Acioli - Para mim, crimes praticados pelos agentes públicos, são desvios de conduta. Porque a gente não pode imaginar que o poder público queira que alguém pratique crime. Como é policial, poderia ser um médico, um dentista, um advogado, engenheiro, juiz, jornalista. A profissão que o cara exerce é indiferente. Ele é criminoso, que por um acaso fez um concurso para a PM ou resolveu ser criminoso depois que entrou para a polícia. Isso aí seria o caso das milícias, o caso do tráfico, o caso dos grupos de extermínio. Eu estou me referindo a um outro tipo de situação que é muito mais grave. Porque o cara quando faz a opção de ser bandido, ele vai ser bandido dentro ou fora da polícia. Se ele não conseguir passar para a polícia, vai continuar sendo bandido e depois que ele passou no concurso ele ainda vai ser bandido. Aí a gente tem autoridade envolvida no crime? Não. A gente tem ser humano envolvido no crime.

OSG - E nos casos de autos de resistência?

Patrícia Acioli - É uma coisa muito diferente, porque não estamos falando de criminosos, mas sim de policiais que, em tese, estão cumprindo determinações passadas. Na realidade, só temos vítimas nessa situação. As vítimas de lá, que vão receber esse tipo de tratamento dos PMs, as vítimas policiais porque vão responder por tudo que fizerem. Você já viu algum coronel sentado no banco dos réus?

OSG - A senhora acha que as pessoas aceitam a violência e os excessos praticados contra criminosos?

Patrícia Acioli - Não importa se são traficantes, se é ladrão. Não está escrito no código penal: “pode matar traficante, matar ladrão”. Então, traficante, ladrão, quem é que seja, estão todos submetidos à mesma lei. Se estamos querendo prendê-los, estamos dizendo que estão descumprindo a lei, que é equivocada a forma dele agir, como é que vamos nos apresentar para prendê-lo já descumprindo a lei?

OSG - E os policiais têm noção disso?

Patrícia Acioli - O policial vai para uma comunidade dessa e é confrontado, afrontado de uma forma tal que, se ele não atirar, morre. Então ele já vai para lá com medo. Já se botou na posição de um policial, uma pessoa que é muito mal remunerada? Vamos falar do policial do bem, que têm muitos por aí. Um cara que não é ladrão, que não vive de falcatrua, um cara que cumpre sua determinação, que honra a farda que veste. Ele ganha mal, ele se expõe à beça, é profundamente cobrado, não tem nenhum tipo de apoio psicológico, de infra-estrutura assistencial. Ninguém quer saber se ele está com algum problema, se o filho dele está doente, se a mulher dele o chifrou, se ele está com algum problema de ordem econômica, ninguém quer saber. O cara ganha mal, é mal treinado, e lhe dão uma arma na mão. Muitas vezes ele não sabe nem o poder e o potencial de tiro que aquela arma tem, essa é a verdade. Tem um processo que eu observei, e não posso falar onde (risos), em que um policial pegou um fuzil para atirar e ele nem sabia que um fuzil tinha uma posição intermitente, posição rajada, não sabia mexer na arma que estava manuseando. Isso pode causar uma tragédia de grandes proporções. Então, na realidade, nós temos vítimas de todos os lados.

OSG - E isso tudo inspirou essa ação do Ministério Público?

Patrícia Acioli - Essas ações penais foram deflagradas e esse movimento começou aqui por São Gonçalo. Começou porque nós temos um promotor de Justiça que é super atuante, o Dr. Paulo Roberto, que é uma pessoa extremamente responsável. E nós tínhamos que tentar motivar o poder público, pelo menos local, o batalhão, os delegados de polícia, os peritos legistas, os médicos, para eles cumprirem a lei que é de 1940, que determina o que se chama de autos de resistência: que se tem que fazer a perícia do local, que não pode se desfazer o local do crime. Mesmo que o cara chegue no hospital com a cabeça de um lado e corpo de outro ele foi socorrido pelo policial. Mas independente dessa questão, existem outras questões que devem ser postas. Ainda que ele socorra a vítima, vamos imaginar que esteja viva, o local continua tendo que ser preservado. Ele não está alegando que foi recebido a tiros? Se não pegou no policial e não pegou na viatura, foi parar em outro lugar. Então o local tem que ser periciado, para que efetivamente essa dinâmica do que ele narra seja posta, depois que aquela perícia terminar vai se confrontar com o exame cadavérico, para se verificar se realmente é possível, pela narrativa que eles contam da história. É uma responsabilidade do policial militar, isso está lá no regulamento deles, preservar o local. E é dever da autoridade policial se dirigir ao local nos crimes onde há vestígios. Se ela não pode ir em pessoa, que mande um agente dela ir verificar aquilo. Se a lei fosse cumprida, essas situações dúbias iam se resolver de uma forma muito mais tranqüila. O policial vai ter mais segurança para exercer a atividade profissional dele e o cidadão vai ter mais segurança quanto ao exercício dessa atividade policial. Crimes praticados por agentes do Estado, para mim, são esses, onde o agente do Estado pratica o crime exercendo sua profissão. E digo que ele é mais vítima do que autor. Porque, infelizmente, covardemente, os que determinam eles cumprirem isso não assumem.

OSG - Mais os policiais que matam repetidamente?

Patrícia Acioli - Continua sendo vítima, pois quando ele retorna ao batalhão e fala que matou seis num confronto, ninguém vai verificar como ocorreram essas mortes. As pessoas não vão verificar o local, não vão investigar se aquilo aconteceu de verdade. Todo policial, em qualquer país civilizado, seria retirado das ruas. Se ele participou de um confronto que matou seis pessoas, ainda que legitimamente, você acha ele tem condições de entrar em outro confronto no dia seguinte? E o fator psicológico desse profissional? Em qualquer polícia, de qualquer lugar do mundo, esse policial não vai voltar à rua no dia seguinte como se nada estivesse acontecido. Vai se investigar, vai se apurar de verdade o que aconteceu sobre o confronto que ocorreu, ele vai ser afastado um pouco, vai receber atendimento. Porque uma pessoa de bem... você imagina matar seis pessoas em um dia no exercício de sua função? Isso não é possível. A gente aqui, quando condena pessoas, aquilo tudo passou por um processo, por uma ação penal. Graças a Deus nós não temos pena de morte, nem mesmo pena de prisão perpétua. Pelo contrário, aqui, no Brasil, um cara que é condenado há 30 anos, que é a pena máxima, se o crime for hediondo, ele fica apenas dois quintos da pena, e depois volta para o convívio social. A gente fica mal. Imagina você no exercício da sua função ter matado pessoas...

OSG - Apesar de a senhora achar que esses policiais são na maioria das vezes vítimas, por que eles temem tanto o seu trabalho?

Patrícia Acioli - Isso você tem que perguntar para eles. Eu não sei porque eles temem o meu trabalho. Acho que, na realidade, eu não vou concordar com você. Não acho que os policiais temem. Eu acho que vendem uma imagem do meu trabalho, que é muito conveniente.

OSG - Quem vende?

Patrícia Acioli - Aí eu não sei.

OSG - É a imprensa?

Patrícia Acioli - Não, de forma alguma. A imprensa noticia. Pelo menos nunca me vi nessa situação de ser endiabrada pela imprensa. Acho que vocês noticiam os fatos, pelo menos no que diz a minha pessoa.

OSG - Mas que eles temem o seu trabalho eles temem...

Patrícia Acioli - Isso é uma cultura, né? Isso é muito interessante, porque quando você teme alguém, você tem medo daquilo. Você não quer saber, você não conhece, você não se interessa. Mas ninguém diz, por exemplo, que eu acordo às seis hora da manhã, não só eu, mas eu e os promotores. Nós vamos lá para o batalhão dar palestra, para explicar como eles devem trabalhar, como devem fazer nessas situações.

OSG - Voltando aos autos de resistência. Esse pente fino que está acontecendo, desde essas reuniões, tem muito policiais respondendo desde 2001, 2002...é devido a esses inquéritos?

Patrícia Acioli - Esses inquéritos não estavam parados. Eles estavam em andamento. Agora, uma pessoa tem condição de resolver 7 mil inquéritos? Lendo um por um, examinando? Eu já falei para vocês, apenas 4% dos homicídios do Estado são apurados. Os outros 96% são inquéritos. Aí é um problema muito maior do que estamos aqui para resolver, então, o que aconteceu, é que o Ministério Público resolveu fazer realmente um pente fino, passar um pente fino nessas situações específicas de autos de resistência, e aí sim tomar providências.

 
OSG - Com relação à atuação de grupos de extermínio, de milícias, nesses 11 anos de trabalho aqui em São Gonçalo, o que está mais disseminado: os grupos de extermínios ou as milícias?

Patrícia Acioli - No início, eram os grupos de extermínio, mas eles são os embriões das milícias. Todo grupo de extermínio, a forma com que os grupos de extermínio foram organizados, acabaram sendo os embriões das milícias. Isso aí não é só aqui na nossa cidade, é em todo o Estado.

OSG - Se uma pessoa é testemunha de um crime, qual o conselho que a senhora daria para ela?

Patrícia Acioli - Procure a autoridade competente e relate. Se você tem medo de procurar a delegacia de polícia, procure o Ministério Público. Porque essa falsa idéia de que se ficarmos com boca fechada estaremos protegidos, isso é uma mentira. Porque na realidade, você vai sempre representar uma ameaça, então se você representa uma ameaça para outra pessoa ela pode te matar também. Então o conselho que eu dou é que procure uma autoridade competente e fale. Se tem medo da autoridade policial, procure o Ministério Público.

OSG - Pelos casos que a senhora conhece, de pessoas que procuraram a autoridade policial, o MP, a senhora acha que o Estado está preparado para dar proteção a essa testemunha?

Patrícia Acioli - Aqui temos 100% de eficiência em termos de resultados. O Estado não está preparado para dar proteção, não, mas mesmo sem a proteção do Estado ela vai estar mais protegida falando do que em silêncio. Porque quando você fica em silêncio é muito simples: só eu sei que você sabe. O “eu” é o assassino, então, se você morrer, a sua investigação, a sua morte, só vai ser mais uma.

OSG - É porque a gente tem visto casos de testemunhas que perderam a vida, pela falta de proteção do Estado...

Patrícia Acioli - Aqui em São Gonçalo nenhuma. A que perdeu a vida aqui largou o serviço de proteção por vontade própria. Ele foi para a área onde ele não podia ir pelas suas próprias pernas. Agora, nós não temos aqui na Vara nenhum caso de testemunha que tenha sido assassinada sob proteção ou mesmo sem proteção do Estado. Nós temos duas que foram assassinadas, as duas, com o da van são três... Então, as três que foram assassinadas, todas as três estavam em local que elas não poderiam estar.

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Fonte: São Gonçaloonline: Enviado por Ari Lopes, Gustavo Carvalho e Kiko Charret

Obs: dedico essa entrevista a todos homens da nossa Justiça que lutam pelo menos para um dia melhor neste Brasil para os nossos netos. Em especial ao presidente da OAB-Al, Omar Coelho, advogado Richard Cavalcanti Manso, advogado e professor do Direito, Welton Roberto, advogado José Firmino e ao ex-promotor público e vice governador José Thomaz Nonô. Também quero citar dois jovens advogados: Junior Bernades e Rui Palmeira.


Respostas obtidas no site Yahoo Respostas:

"Nossa eu sinto uma pena dela danada...que terrivel, são acidentes de percursso na vida de todos" - por Dr. Zen

"Parece que estamos atravessando uma fase negra. A juíza esta apenas fazendo o trabalho dela. Provavelmente não dizia que os criminosos eram "bonitos", mas humilhar, não acredito. Quem cumpre seu dever, lutando contra o crime organizado e não se deixa corromper tem que ter cuidados dobrados. É muito triste ver uma pessoa íntegra ser assassinada. E o pior: com certeza ninguém vai ser punido, porque não acredito que haja muito empenho em descobrir os assassinos." - por Misty FG

"O abuso de direito deve ser combatido com o rigor da lei, seja para quem for. Por outro lado, quando o policial se torna bandido fica mais difícil combater o criminoso porque aquele que deveria defender a população ataca." - por MilitaryCast

"Foi coisa de covarde o que fizeram com ela!" - por Cool

"A juiza morta não era aquela que vendia penas, que queria vender a liberdade do goleiro do flamengo, aquele que matou a namorada, a maria chuteria, a tal de Samudio, por um milhão de rais. Elas, as juizas e juizes, pensam que estão acima da lei e pior, pensam que são blindadas. O primo do tal goleiro, o "Bola", já foi solto, por delação premiada. O gosado é que ele não informou onde escondeu o corpo da tal da piniqueira da vítima, a tal da Elida Samudio. Ora bolas, se ele não informou onde escondeu o corpo acredito que ele não merecia a tal da "delação premidada" e, também, não devolveu o dinheiro. Ora bolas, se todos os malas não devolvem o "din-din" roubado e também não são processado, isto não é justiça. É o que acontece com o ministro do PR, aquele do ministério dos transportes, ele pediu demisão, mas não devolveu os milhares de milhões de doláres que subtraiu do ministério, que foram parar em conta de laranja, como os filhos deles, a mulher dele e os cumpinchas deles, prejudicando com isto a construção de estradas e pontes pelo Brasil afora. Só o filho dele fundou uma empresa que em um ano apenas multiplicou o capital inicial em aproximadamente 100000% (um milhão por cento), ou seja, cem vezes a mais." - The Viking II - o retorno


"Os Boçais Natos sempre foram idiotas falastrões! Gostam mesmo é de uma demagogiazinha e de garimpar em águas turvas, estão sempre procurando as trevas para poderem brilhar!" - por Liberté, égalité, fraternité!

"Ahhhhnnnnnn.. Entendi... Quadrilhas de matadores compostas por policiais, e seus digníssimos familiares, esperavam contar com o respeito da juiza, assim como recebem das comunidades que ameaçam, e o digníssimo Flávio Bolsonaro, que não envergonha as origens, acredita que isso era motivo para ser assassinada?
Deveria ser chamado a depor, deve saber mais do que falou e não me admiraria se conhecesse detalhes sórdidos desse crime, já que conhece tão bem os bastidores desses assassinos.
Beijos meus" - por IIManuh

Participe AQUI: http://br.answers.yahoo.com/question/index;_ylt=AkCk9LBCN1ZweyJ7dbFqRpTJ6gt.;_ylv=3?qid=20110812133654AA2ogfz

Comentários retirados de fóruns de discussão:

"Será que o deputado não poderia auxiliar na busca dos assassinos? Eu penso que a PF deveria dar uma olhada em sua agenda, o assassino pode estar entre os seus confidentes! - por Alcione Antunes da Silva (Facebook - Terra)



"A FAMÍLIA BOLSONARO (ÊTA PEDIGREE RUIM!!!!!) NÃO É EXATAMENTE O MELHOR EXEMPLO NEM DE ONDE PARTE ALGUMA OPINIÃO QUE PRESTE.........AGORA ESTA FACETA É NOVA: O APOIO DELES A MILICIAS NÃO CHEGA A SER NOVIDADE, VIMNDO DE ONDE VEM..... NÃO SEI COMO TEM GENTE QUE AINDA VOTA NISSO.... " - por Walter
 
"É uma pena pessoas como essa juíza ser assassinada covardemente, isso me lembra a morte de varios juizes na Italia e até foram feita leis mais severas e conseguiram combater a máfia naquele país , espero que isso não fique em pune em nosso país." - por  Natalino de São Carlos
 
"Se o fato de ter desafetos e inimigos culminasse em assassinato, os Bolsoraros (pai e filho) já estariam mortos há mto tempo. Envergonham os cidadãos de bem c/ as suas apreciações absurdas. Mais odiados do que são... já teriam 'passado pra outra'. Além do mais, são uns inúteis, ao contrário da magistrada, que repudiou o crime c/ coragem. Veja só...coitadinhos dos milicianos....tão humilhados pela juíza...Espero que nas próximas eleições o povo acorde!! - por Claudia Dantas
 

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