do Blog do Renan Maldonado Milícias se alastram pelo país http://renanmaldonado.com/2011/11/02/milicias-se-alastram-pelo-pais/ |
Assim como o tráfico, as milícias do Rio de Janeiro também possuem suas facções. Entre elas estão a chamada Liga da Justiça e a Milícia de Rio das Pedras, que foi uma das primeiras.
O avanço das milícias reproduz e reforça a omissão e a permissividade do poder público local.
Ao longo das últimas décadas, o abandono das favelas permitiu a ocupação desordenada do território, o comércio informal e a exploração irregular de atividades e serviços.
As esperanças de melhores dias estão agora renovadas com as ações e projetos do secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, e sua equipe. Treinamento de novos policiais, política de policiamento comunitário, investigações, julgamentos e punições estão em andamento. O Rio volta a sonhar com asfalto e morro pacificado e com políticas reais de segurança para a cidade.
(Trecho do Blog Soul Brasileiro)
COMENTÁRIOS obtidos no Yahoo Respostas:
Melhor resposta - Escolhida por votação
:
"Claro que sim, a milícia se instala onde falta o poder público, onde falta a autoridade do Estado, e pouco se distingue num ambiente desses quem é bandido e quem "protege" a população.
Essas comunidades acabam reféns ou dos que chamam de bandidos, ou das milícias que sustentam para lhes garantir proteção.
Beijos meus" - por IIManuh
Outras Respostas (4)
- by JotaC
- A Palavra milícia tem por significado " os militares", então se a união não tem uma milícia a altura das necessidades que a sociedade necessita, com certeza haverá milícias civis. Penso que o poder público tem sua autoridade depreciada devido o sistema político no Brasil, ou seja, muitos assumem cargos públicos sem ao menos saber do assunto...ditos cargos nomeados através dos favores políticos e partidários.
- by ◄Đåŗĸ╬Ġĥ...
- O trafico em excesso, milicia não confraternizada e as vezes trafico não confraterniza com órgãos do governo, por exemplo o dinheiro recebido por policiais de traficantes (arrego), são os motivos que geram invasões do exercito nas favelas do Rio, os civis não devem enfrentar os milicianos frente-a-frente pela própria segurança o único meio de enfrentar os milicianos é na Justiça ou até mesmo protestos e movimentos, isso não costuma acontecer por medo dos morados.
- by Marc
- Sim, eles começam com a intenção de moralizar onde a polícia não chega, mas aí começam a se sentir donos do pedaço e por qualquer trocado fuzilam quem eles querem
Deputado que luta contra milícias no Rio recebe cinco ameaças de morte em dez dias
17/10/2011 - 19h15
Cidadania
Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) denunciou hoje
(17) que recebeu cinco ameaças de morte nos últimos dez dias. As informações
foram repassadas por meio do serviço Disque Denúncia e apontam milicianos como
os autores. Freixo participou de um ato apoio na Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB) que teve as presenças de lideranças políticas, comunitárias e do meio
cultural.
A presidenta da Comissão dos Direitos Humanos da
OAB, Margarida Pressburger, protestou pelo que chamou de morte anunciada as
ameaças contra cidadãos que lutam pela aplicação da lei. “Não podemos aceitar
mais esta morte anunciada. Que a Patricia Acioli [juíza morta por policiais
militares em agosto] seja uma bandeira para que isso não se repita”, disse.
O ator Wagner Moura, o protagonista do filme
Tropa de Elite, no qual interpreta um personagem que luta contra o
poder das milícias, considerou inaceitável as ameaças a Freixo, que presidiu em
2008 a Comissāo Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias da Assembleia
Legislativa do Rio (Alerj). “É impressionante que o nosso país ainda compactue
com o fato de haver pessoas juradas de morte”, declarou.
A CPI das Milícias indiciou 225 pessoas e pediu
investigação de mais mil, o que levou à prisão cerca de 500 acusados. Freixo
destacou que o problema não é de ordem pessoal, mas de toda a sociedade, pois
muitas outras pessoas também sofrem ameaças dos milicianos. “Não é a minha vida
que está em jogo. Se ameaçam um parlamentar, o que não podem fazer contra
pessoas indefesas?”.
O deputado disse que, apesar das denúncias
apresentadas no relatório final da CPI, o número de milícias cresceu no últimos
anos no estado do Rio, tendo passado de 170 para 300 as áreas dominadas pelos
grupos criminosos. “Temos que retirar os braços econômicos e territoriais das
milícias. Enquanto dominarem as vans, o 'gatonet' (serviço ilegal de TV
por assinatura) e a distribuição de gás, vão ter dinheiro para matar as pessoas
e comprar gente. Não é possível que, após a morte de uma juíza, não sejam
tomadas providências mais radicais contra esses criminosos.”
Edição: Aécio Amado
Acontecimentos do Ano de 2012:
Greve na Bahia
11.02.2012 09:46
Milícia aproveita greve para cometer onda de assassinato
Em menos de duas semanas de greve da Polícia Militar na Bahia, 157 pessoas foram assassinadas na capital, Salvador, e região metropolitana. Assombroso, o número de quase o dobro do índice de homicídios registrados na localidade em condições normais.
Foto: Libertinus |
A tragédia não ocorre por acaso. Em declaração ao jornal Folha de S.Paulo, o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, Arthur Gallas, disse que milícias bancadas por comerciantes para manter a ordem na periferia estão por trás desses assassinatos. Os crimes acontecem, segundo ele, no vácuo do policiamento provocado pela greve.
Esses grupos estão se aproveitando da greve, que reduziu o policiamento, para limparem a área e matar quem estava incomodando, disse Gallas ao jornal.
De acordo com a reportagem, os alvos são usuários de drogas, moradores de rua e desafetos das milícias que antes controlavam as áreas mais violentas.
Leia também:
A suspeita de que os grupos paramilitares operem sob proteção das próprias polícias de Salvador.
A greve teve início na semana passada, quando policiais decidiram cruzar os braços por aumento salarial. A situação levou o governador do estado, Jaques Wagner, a pedir apoio de forças federais para reforçar o policiamento, sobretudo em Salvador, cidade que nesta época do ano recebe milhares de turistas por causa do Carnaval, a maior festa popular do País.
Na sexta-feira, após uma assembleia, os policiais militares decidiram manter a paralisação e marcaram uma nova reunião para sábado 11, para decidir o futuro do movimento.
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