Putin repudia ataques ao líder líbio: “quem deu mandato à Otan para assassinar Kadafi?”
O primeiro-ministro russo, Wladimir Putin, repudiou as ações dos EUA/Otan para assassinar o líder líbio, questionando “quem lhes deu mandato para justiçar Kadafi?”
A afirmação foi feita na quarta-feira dia 27/04, durante visita à Suécia.
“Falou-se de zona de exclusão aérea, mas não cessam os bombardeios dos palácios... Primeiro diziam que NÃO desejavam a morte de Kadafi e agora dizem que SIM.
Mas, quem os autorizou?
Por acaso houve um julgamento?”, acrescentou o dirigente russo.
Anteriormente, Putin já havia chamado a resolução da zona de exclusão aérea de “convocação para uma cruzada medieval”.
O dirigente russo apontou que na Líbia “surgiram contradições externas que desembocaram em um conflito armado”.
Mas – acrescentou – “por que se tem de intervir de fora no conflito?”.
Ele registrou o quadro da Somália, em conflito interno há anos, e nada se passa, e o mesmo ocorre em outros países.
“Então, o quê? Vamos bombardeá-los a todos?”, indagou.
“O melhor seria deixar que eles mesmos resolvam seus conflitos”, ressaltou.
Detalhes Adicionais
Na véspera, na visita à Dinamarca, Putin já havia destacado que o petróleo da Líbia era “o principal objetivo” da operação de guerra.
Ele advertiu que a Líbia estava sendo ilegalmente destruída pela “assim chamada sociedade civilizada”.
O primeiro-ministro russo disse, ainda, que a coalizão ocidental tinha ido além do mandato da ONU quando lançou bombas teleguiadas contra Kadafi.
“Que espécie de zona de exclusão aérea é essa, se eles estão bombardeando palácios toda a noite?”
“Para que eles precisam bombardear palácios? Para eliminar camundongos?”
“Tudo isso acontece apesar das preocupações humanitárias e dos direitos humanos que o mundo civilizado diz advogar”, ele registrou, sobre as mortes de civis sob as bombas da Otan e EUA.
“Vocês não acham que existe uma séria contradição entre as palavras e a prática nas relações internacionais?”, concluiu Putin.
Bombardeios da OTAN matam 12 das gangs pró-EUA em Misrata e deixam cinco feridos
A OTAN matou 12 integrantes das gangs pró-EUA em Misrata e feriu mais cinco, em novo episódio de “fogo amigo”.
O bombardeio ocorreu às 16h30 – hora local -, sendo que o prédio em que estavam foi atingido pelo menos duas vezes.
Um certo “Mohamed” relatou que o prédio, que estava vazio, havia sido ocupado na terça-feira, e a OTAN havia sido informada da posição imediatamente.
“Nós ficamos exatamente no mesmo lugar”, ele disse. “E eles bombardearam”.
Segundo ele, a posição legalista mais próxima ficava a quase 2 km.
No início do mês, aviões da Otan bombardearam veículos achando que era gente do Kadafi, e acabaram acertando – e matando - uma dezena de membros das gangs.
Até agora, a OTAN só admitiu ter matado seus próprios partidários.
União Africana condena bombardeio da Otan contra residência de Kadafi
A União Africana – a organização que congrega todos os países do continente africano – repudiou que os ataques da Otan tenham como alvo autoridades líbias, relatou a televisão Al Arabia. A declaração se seguiu ao bombardeio da residência do líder líbio, Kadafi, em Bab Al Aziza, Trípoli, na segunda-feira dia 25, que causou 3 mortos e 45 feridos. Na terça-feira, o governo líbio pediu uma cúpula de emergência da União Africana para discutir os bombardeios da Otan contra a Líbia. Painel de presidentes da União Africana, que inclui o presidente sul-africano Jacob Zuma, vem negociando proposta de cessar-fogo na Líbia e conversações para uma saída pacífica e eleições.
União Africana condena bombardeio da Otan contra residência de Kadafi
A União Africana – a organização que congrega todos os países do continente africano – repudiou que os ataques da Otan tenham como alvo autoridades líbias, relatou a televisão Al Arabia. A declaração se seguiu ao bombardeio da residência do líder líbio, Kadafi, em Bab Al Aziza, Trípoli, na segunda-feira dia 25, que causou 3 mortos e 45 feridos. Na terça-feira, o governo líbio pediu uma cúpula de emergência da União Africana para discutir os bombardeios da Otan contra a Líbia. Painel de presidentes da União Africana, que inclui o presidente sul-africano Jacob Zuma, vem negociando proposta de cessar-fogo na Líbia e conversações para uma saída pacífica e eleições.
Fonte: Jornal Hora do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário