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Antes de tudo, um forte abraço, em amor à História e à Verdade...

sexta-feira, 28 de maio de 2010

CRIANÇAS PALESTINAS PRESAS E SUBMETIDAS A TRABALHOS FORÇADOS. QUER AJUDAR

Crianças palestinas não têm infancia e nem espaço para brincar.Convivem desde a mais tenra idade com bombas, armas e mortes.
CRIANÇAS PALESTINAS PRESAS E SUBMETIDAS À TRABALHOS FORÇADOS
Entre 2001 e 2002, milhares de crianças palestinas foram aprisionadas e torturados por autoridades de Israel!!!
Diante deste fato, a Organização de Defesa dos Direitos das Crianças Palestinas lança a campanha de enviar uma carta às Nações Unidas para pedir pela libertação dessas crianças!!
O objetivo é reunir 200.000 assinaturas!!!
No endereço eletrônico abaixo, encontra-se a carta a ser assinada e enviada: http://www.petitiononline.com/dcips/peti…
LIBERDADE PARA AS CRIANÇAS PALESTINAS PRESAS POR ISRAEL!!!
O ataque a Gaza não é para destruir o Hamas. Não é para acabar com os foguetes sobre Israel. Não é para alcançar a Paz. A decisão Israelense de cobrir de morte e destruição a Faixa de Gaza, de empregar armas mortíferas usadas contra inimigos modernos e bem equipados contra uma população civil indefesa, é a fase final de uma campanha iniciada há décadas para fazer a limpeza étnica dos Palestinos. O ataque a Gaza é para criar guetos famintos, sem lei, e miseráveis, onde a vida dos Palestinos fique no limite da sobrevivência. É para formar enclaves Palestinos onde Israel sempre tenha condições de impedir o movimento de pessoas, alimentos, medicamentos e bens, a fim de perpetuar a miséria. O ataque Israelense em Gaza é para criar o Inferno na Terra.
É o movimento final Israelense para extinguir o Estado Palestino e esmagar ou expulsar o povo Palestino.
As imagens de crianças Palestinas mortas, alinhadas como se estivessem dormindo, no chão do principal hospital de Gaza, são uma metáfora para o futuro.
Israel irá, a partir de agora, falar aos Palestinos usando a Linguagem da Morte.
E a Linguagem da Morte será a única que os Palestinos poderão usar para responder.
O massacre – vamos parar de fingir que isto é uma guerra – está fortalecendo uma gama de radicais Islâmicos dentro e fora de Gaza.
Está abalando de forma irreversível as frágeis fundações dos corruptos regimes seculares Árabes nas fronteiras de Israel, do Egito à Jordânia, da Síria ao Líbano.
Irá criar um novo Oriente Médio, governado por ferozes radicais Islâmicos.
O Hamas irá vencer este conflito independentemente do que ocorrer.
Movimentos militantes se alimentam de mártires, e Israel está fornecendo os mutilados e os mortos aos montões.
Os combatentes do Hamas, armados com pouco mais do que armas leves, uns poucos foguetes e pequenos morteiros, estão lutando contra uma das mais sofisticadas máquinas militares do planeta.
E a resistência firme destes condenados combatentes expõe, por todo o mundo Árabe, a falta de coragem dos ditadores como o do Egito, Hosni Mubarak, que se recusa a abrir a fronteira entre o Egito e Gaza apesar do massacre.
Israel, quando bombardeou o Líbano há dois anos, queria destruir o Hezbollah.
Quando finalmente se retirou havia aumentado a base de poder do Hezbollah e proporcionado a este um status heróico em todo o mundo Árabe.
Israel agora está fazendo o mesmo com o Hamas.
A recusa por parte dos líderes políticos, começando por Barack Obama, e incluindo todos os membros do Congresso dos Estados Unidos, em se pronunciar através da grande mídia em defesa do império da lei e dos direitos humanos fundamentais expõe nossa covardia e nossa hipocrisia.
Os que condenam abertamente os crimes de Israel, como Yuri Avnery, Tom Seger, Ilan Pappe, Gideon Levy e Amira Hass, bem como os íntegros Noam Chomsky, Dennis Kucinich, Norman Finkelstein e Richard Falk, são ignorados ou tratados como leprosos. Uma plataforma lhes é negada na imprensa.
São práticamente colocados como sem voz.
Falk, o Relator Especial da ONU para Direitos Humanos Nos Territórios Ocupados e ex-professor de Direito Internacional em Princeton, foi impedido de entrar em Israel em Dezembro, detido por 20 horas e deportado.
E, no entanto, todas essas vozes são de Judeus.
Visitei Avnery em sua casa em Israel.
Ele é a consciência de Israel.
Avnery nasceu na Alemanha. Emigrou para a Palestina ainda criança junto com os pais. Abandonou a escola aos 14 anos e um ano depois se juntou ao grupo paramilitar clandestino conhecido como Irgun. Quatro anos depois, enojado com o emprego de violência, desligou-se da organização, que realizava ataques armados contra as autoridades de ocupação Britânicas e contra os Árabes.
“Não me fale de terrorismo, eu fui um terrorista,” diz ele quando questionado sobre seus persistentes apelos em favor da Paz com os Palestinos.
Avnery foi membro das Forças Especiais Raposas de Sansão durante a guerra de 1948. Compôs o hino da unidade de elite.
Tornou-se, depois da guerra, uma força da esquerda política em Israel e um dos jornalistas mais importantes do país, dirigindo a revista alternativa HaOlan HaZeh.
Foi membro do Parlamento Israelense, o Knesset.
Durante o cerco a Beirute em 1982 encontrou-se com o líder da OLP, Yasser Arafat, desafiando abertamente a lei Israelense.
Juntou-se aos protestos organizados pelos árabes em Israel nos últimos dias e denuncia o que chama “o instinto de emprego de força” de Israel em relação aos Palestinos e a “insanidade moral” do ataque a Gaza.
Avnery, hoje com 85 anos, foi ferido gravemente em 1975 em um atentado realizado por um oponente Israelense, e em 2006 o ativista de direita Baruch Marzel chegou a pedir que o Exército de Israel realizasse um ataque para assassinar Avnery.
“O Estado de Israel, como qualquer outro Estado" diz Avnery, “não pode tolerar que seus cidadãos sejam alvos de tiros, bombas ou foguetes, mas ninguém tem tentado resolver o problema utilizando meios políticos, nem analisar de onde vem este fenômeno, o que o provocou. Os Israelenses, em geral, não conseguem se colocar no lugar dos outros. Somos muito centrados em nós mesmos. Não conseguimos nos colocar no lugar dos Palestinos ou dos Árabes e nos perguntar como iríamos reagir na mesma situação. Às vezes, bem raramente, isto ocorre. Anos atrás, quando
Ehud Barak foi indagado como se comportaria se fosse Palestino, disse,” Eu me juntaria a uma organização terrorista. ” Se você não compreende o Hamas, se não compreende porque o Hamas faz o que faz, se não compreende os Palestinos, acaba usando o recurso à força bruta.”
O debate público sobre o ataque a Gaza parte do absurdo pretexto de que é Israel, e não os Palestinos, cuja segurança e dignidade estão sendo ameaçadas.
Esta defesa cega da brutalidade Israelense em relação aos Palestinos é uma traição à memória dos que morreram em outros genocídios, desde o Holocausto, ao Camboja, a Ruanda e à Bósnia.
A lição do Holocausto não é de que os Judeus são especiais. Não é de que os Judeus são as eternas vítimas.
A lição do Holocausto é de que quando alguém tem condições de impedir um genocídio, e não o faz – independentemente de quem está praticando o genocídio ou de quem está sendo vitima – é culpado. E nós somos totalmente culpados.
Os caças F-16, os helicópteros de ataque Apache, as bombas “inteligentes” de 100 kg são parte dos 2,4 bilhões de dólares em ajuda militar que os Estados Unidos dão a Israel.
Os Palestinos estão sendo massacrados com armas fabricadas nos Estados Unidos.
Estão sendo mortos por um exército Israelense que nós sustentamos com fartura. Mas talvez nossa cruel indiferença ao sofrimento humano deva ser esperada. Afinal, matamos mulheres e crianças em muito maior escala no Iraque e no Afeganistão. As mãos sujas de sangue de Israel refletem nossas próprias mãos.
Haverá mais crianças Palestinas mortas.
Haverá mais casos como o da escola da ONU, usada como um santuário por famílias aterrorizadas e que foi pulverizada por bombas Israelenses, com mais de 40 pessoas mortas, metade mulheres e crianças.
Haverá mais crianças emaciadas e órfãs.
Haverá mais feridos gritando e em coma nos corredores dos superlotados hospitais de Gaza.
E
haverá mais artigos absurdos, como o da primeira página do New York Times com o titulo “Uma Guerra em Gaza cheia de Armadilhas e Truques”.
Neste artigo, oficiais de inteligência Israelenses não identificados nos dão uma distorção dos fatos sobre a guerra digna das mentiras inventadas pela Casa Branca nas vésperas da Guerra do Iraque. Ficamos sabendo das pérfidas e sujas táticas dos combatentes do Hamas.
Os jornalistas estrangeiros, impedidos de entrar em Gaza e incapazes de checar a veracidade da versão Israelense da guerra, abandonaram seu ofício como repórteres e tornaram-se estenógrafos que anotam o que lhes dizem. O cinismo de transmitir a propaganda como se fosse verdade, contanto que venha de boas fontes, é o veneno do jornalismo americano.
Se isso é o que se tornou o jornalismo, se a indignação moral, a coragem de enfrentar os poderosos, o compromisso em dizer a verdade e de dar uma voz aqueles que sem nós não teriam voz, não importa mais, então nossas escolas de jornalismo deveriam se concentrar únicamente em ensinar taquigrafia para anotar rapidamente o que nos dizem. Parece que esta é a habilidade mais valorizada nos jornalistas atualmente, pela maioria dos editores-chefes e geradores de noticias.
Sempre houve poderosos líderes Israelenses, desde a fundação de Israel em 1948, que defenderam a remoção física total dos Palestinos. A limpeza étnica de cerca de 800.000 Palestinos pelas milícias judaicas em 1948 foi, para eles, apenas o começo.
Mas também houve líderes Israelenses, incluindo o Primeiro Ministro assassinado Yitzhak Rabin, que achavam que Israel não conseguiria se arrancar para fora do mapa e mudar-se para outro ponto geográfico no Globo Terrestre.
Israel, acreditava Rabin, teria de fazer a Paz com os Palestinos e com seus vizinhos Árabes para sobreviver.
A visão de dois estados que Rabin tinha, no entanto, parece ter morrido com ele.
A adoção da limpeza étnica em massa pelas lideranças e pelos militares Israelenses parece ser atualmente inquestionável.
“Parece” escreveu recentemente o historiador Israelense Ilan Pappe, “que até os mais horrendos crimes, como o genocídio em Gaza, são tratados como acontecimentos individuais, sem ligação com nada que tenha ocorrido no passado e sem ligação com qualquer ideologia ou sistema. ... Tal como a ideologia do Apartheid, explicada pelas políticas opressoras do governo da África do Sul, esta ideologia – em sua variante mais consensual e simplista – vem permitindo a todos os governos Israelenses do passado e do presente a desumanização dos Palestinos, onde quer que estejam, e buscar destruí-los. Os meios mudaram, de período a período, de local a local, bem como a narrativa para encobrir estas atrocidades. Mas está claro o objetivo [de genocídio]. ...
Gaza mergulhou no caos. O Hamas, que apesar do que diz a propaganda Israelense, nunca conseguiu preparar o nível de resistência duradoura que o Hezbollah teve durante a incursão Israelense no sul do Líbano, será dirigido no futuro por bandos antagonistas de chefes militares, clãs e máfias. Gaza será semelhante à Somália. E deste vácuo de poder nascerá uma nova geração de ferozes jihadistas, muitos do quais deixarão o Hamas em busca de organizações mais radicais. A Al-Qaida, que vem trabalhando para conseguir se implantar em Gaza, agora pode ter sua chance de se firmar.
“O Hamas irá vencer a guerra, independentemente do que acontecer,” diz Avnery.
“Serão considerados por centenas de milhões de Árabes como heróis que recuperaram a dignidade e o orgulho das nações Árabes. Se ao final da guerra eles ainda estiverem de pé em Gaza isto será uma enorme vitória para eles, ter conseguido resistir ao enorme exército Israelense e ao seu poder de fogo, terá sido um grande feito. Eles ganharão muito mais prestigio do que o Hezbollah ganhou na última guerra.”
Israel tem a ilusão de que pode esmagar o Hamas e instalar um governo fantoche Palestino em Gaza e na Cisjordânia.
Este governo fantoche seria dirigido, acredita Israel, pelo desacreditado líder da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas, escolhido na Cisjordânia depois de ter sido expulso de Gaza.
Abbas, como a maior parte da liderança corrupta do Fatah, é uma figura detestada.
Ele é desprezado como o Marechal Pétain do povo Palestino (N.T. O Marechal Pétain foi o governante da França ocupada pelos Nazistas durante a Segunda Guerra, liderando um governo obediente a Hitler). Ou talvez como um Hamid Karzai ou um Nouri al-Maliki. É tão detestado como é impotente.
A destruição do Hamas por Israel e a reocupação de Gaza não trarão paz nem segurança a Israel. Irão apenas esmagar a única organização interna com estatura e autoridade suficiente em Gaza para manter a ordem. O ataque Israelense, ao destruir o Hamas como uma força de governo, abriu uma caixa de Pandora de desastres.
A vida se tornará um pesadelo para a maior parte dos Palestinos, e nos próximos anos, para a maior parte dos Israelenses.
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